Memórias que Inspiram: Obras que Contam Histórias de Viagens e Conexões
- Pedro Pereira
- há 11 minutos
- 3 min de leitura
Em 1992, uma família brasiliense composta por avô, avó, pai, mãe e filha fez sua primeira viagem ao exterior. Foram para Nova York, nos Estados Unidos. Era uma experiência inédita, tudo era novo, e a viagem se transformou em uma série de momentos inesquecíveis. Essas lembranças ficaram guardadas por anos, até que, em 2023, uma pasta repleta de recordações dessa aventura foi encontrada. O avô, que faleceu aos 102 anos, cuidou de cada lembrança com muito carinho, sempre recordando aquele tempo especial com sua esposa, seu filho, nora e neta.
Após sua partida, essas memórias chegaram até nós, e hoje estão aqui no Joy Hostel, nos corredores que conectam diferentes histórias e pessoas. Queremos que essas lembranças, fruto de uma viagem transformadora, inspirem você a viajar mais, a acumular boas histórias e a valorizar os momentos vividos com quem amamos. Afinal, o hostel é sobre troca, sobre compartilhar experiências e criar memórias que ficam para sempre.
Se você está no Joy agora, olhando para essas imagens, identifique o número e veja abaixo o que cada uma representa:
Arte intitulada Dandelion Seed Balls and Trees, de Charles Ephraim Burchfield (1917), exposta no Metropolitan Museum of Art (MET). Esse cartão postal era comprado no museu, que se disponibilizava a enviar para pessoas queridas em qualquer parte do mundo.
Cartão postal do Oyster Bar e Restaurante, um marco da cultura gastronômica de Nova York desde 1913, localizado no coração do sistema ferroviário da cidade. Reconhecido como um dos principais restaurantes de frutos do mar dos Estados Unidos, e possivelmente do mundo. Provavelmente esta foi uma lembrança de um jantar delicioso com frutos do mar.
Arte intitulada Water of the Flowery Mill, de Arshile Gorky (1944), inspirada na paisagem do rio Housatonic e na nostalgia do artista por sua Armênia natal. Com influências do surrealismo, a obra apresenta uma abstração fluida e biomórfica, antecipando a pintura gestual do expressionismo abstrato.
Cartão postal da Times Square em 1992, um dos destinos mais icônicos do mundo, famosa por suas telas de LED, teatros da Broadway e a agitação de turistas e locais.
Retrato de Pierre-Clément-Eugène Pelletan (1813–1884), capturado por Nadar, o renomado retratista que soube captar o espírito e a intelectualidade de figuras importantes do Segundo Império. Este foi o primeiro retrato significativo adquirido pelo MET. Poucos anos antes de tirar essa fotografia, Nadar escreveu sobre Pelletan: "O principal crítico francês... que é, ao mesmo tempo, um poeta, um homem de estilo e um homem de coração... Li artigos de M. Pelletan... que me tocaram tanto quanto um trecho de Sand e me interessaram tanto quanto um romance de Balzac."
A tapeçaria Hector of Troy (cerca de 1400–1410), exibida no The Met Cloisters, faz parte do conjunto das Heroes Tapestries, uma das mais antigas tapeçarias medievais sobreviventes. O tema dos Nove Heróis, extraído das tradições clássica, judaica e cristã, tornou-se popular na arte medieval europeia, com figuras como Hector de Tróia, Alexandre o Grande, Júlio César, Josué, Davi, Judas Macabeu, Rei Arthur, Carlos Magno e Godofredo de Bulhão. Essas figuras eram exemplares de cavalaria e liderança justa.
As tapeçarias, feitas inteiramente de lã, representam os Heróis sentados sob um dossel arquitetônico, cada um com emblemas de identidade e autoridade. Acredita-se que tenham sido feitas para Jean, duque de Berry, baseado em evidências de brasões nas tapeçarias. Embora originalmente a série incluísse três tapeçarias grandes (uma para cada grupo de Heróis), restaram apenas cinco.
A tapeçaria de Hector, que inicialmente foi identificada como Alexandre o Grande, agora é considerada mais provavelmente uma representação de Hector de Tróia, devido ao brasão do leão, que era associado a Hector na época. A confusão sobre a identidade se deve à fusão dos brasões de Hector e Alexandre nos séculos XV e XVI.
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